O Dia Internacional da Mulher é celebrado em todo o mundo em 8 de março de cada ano. Vamos falar aqui da data, da história, das lutas e das vitórias relacionadas ao tema.
Esta data comemorativa tem origens históricas e sociais profundas e é um dia importante para refletir sobre as conquistas das mulheres, bem como, para reconhecer as lutas contínuas em relação à igualdade de gênero que se revelam em uma longa história.
A História do Dia Internacional da Mulher
A história do Dia Internacional da Mulher remonta a 1908, quando mulheres operárias de Nova York realizaram manifestações por melhores condições de trabalho e direitos políticos. Em 1910, na Segunda Conferência Internacional de Mulheres Socialistas, realizada em Copenhague – Dinamarca – foi proposto o estabelecimento de um dia internacional para honrar as lutas das mulheres pelos seus direitos. O dia escolhido foi 8 de Março, marcado pela manifestação em Nova York.
Desde então, o Dia tornou-se importante para destacar questões que afetam mulheres em todo o mundo, como a violência de gênero, a desigualdade salarial e a falta de oportunidades educacionais e de emprego. É um dia para celebrar as realizações das mulheres em diversas áreas, incluindo a política, a ciência, a cultura e as artes.
A Importância da Data
O Dia Internacional da Mulher é uma data importante para refletir sobre a luta das mulheres por igualdade de gênero e para celebrar as realizações das mulheres em todas as áreas da vida.
As mulheres desempenham um papel fundamental na família e na comunidade, oferecendo cuidado, afeto, orientação e liderança. A diversidade e a riqueza da sociedade dependem da participação plena e igualitária das mulheres em todas as esferas da vida.
As profissionais devem se unir nesse dia para discutir as questões que afetam as mulheres na profissão e trabalhar juntas para criar um futuro mais justo e igualitário, inclusive no campo da arquitetura.
A mulher e a Arquitetura
As mulheres têm lutado há décadas para conquistar espaço no mercado da arquitetura.
“Mulheres são como fantasmas na arquitetura moderna: presentes em todos os lugares, cruciais, mas estranhamente invisíveis.” (Beatriz Colomina, 2010).
Historicamente, a arquitetura tem sido dominada por homens, e as mulheres – muitas vezes – enfrentaram barreiras para serem reconhecidas e valorizadas por seu trabalho. No entanto, pelo mundo afora, muitas arquitetas notáveis fizeram contribuições significativas para a profissão ao longo dos anos.
No cenário nacional da arquitetura, destacamos determinadas mulheres que contribuíram fortemente para o setor.
- Carmen Velasco Portinho, que participou da fundação da União Universitária Feminina e da Associação Brasileira de Engenheiras e Arquitetas (ABEA);
- Chu Ming Silveira, que estudou na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo Mackenzie e em 1966 foi trabalhar na Companhia Telefônica Brasileira (CTB) e no cargo, criou o orelhão, que se popularizou em todo o país;
- Dora Alcântara, que se destaca pelos seus diversos estudos sobre a azulejaria nacional e tornou-se a segunda mulher da história a ganhar o Colar de Ouro, grande prêmio de arquitetura concedido pelo Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB);
- Lina Bo Bardi, que projetou o Museu de Arte de São Paulo (MASP), símbolo arquitetônico de São Paulo. Entre suas obras de destaque também estão o Museu de Arte Moderna no Solar do Unhão, em Salvador; além da Casa de Vidro e do SESC Pompeia, ambos na capital paulista;
- Lotta de Macedo Soares, que é responsável pelo projeto do Parque do Flamengo, no Rio de Janeiro, o maior aterro urbano do mundo, além de outra obra famosa de sua carreira que é a Casa Samambaia em Petrópolis, feita em parceria com o arquiteto carioca Sergio Bernardes;
- Mayumi Watanabe Souza Lima, que estagiou com Lina Bo Bardi, Vilanova Artigas e Joaquim Guedes, e idealizou relações das crianças com o espaço educacional, debatendo aspectos que considerou essenciais nos projetos de escolas e desenvolveu uma série de projetos de escolas públicas para o país, chegando a construir algumas delas.
- Miranda Maria Esmeralda Martinelli Magnoli, que se interessou especialmente por estudos na área de paisagismo e teve papel essencial para fortalecer o ensino dessa área. Miranda trabalhou na Secretaria do Verde e do Meio Ambiente na Prefeitura Municipal de São Paulo e foi professora universitária.
- Rosa Grena Kliass, que foi considerada a primeira mulher paisagista do Brasil, foi fundadora da Associação Brasileira de Arquitetos Paisagistas (Abap), e a primeira mulher da história a receber o Colar de Ouro pelo IAB (Instituto de Arquitetos do Brasil). Ao longo da carreira defendeu fortemente a construção de jardins e parques verdes nas cidades grandes. Entre suas obras mais famosas estão a revitalização do Vale do Anhangabaú, nos anos 1980, e o projeto paisagístico da Avenida Paulista.
Agradecimento e Reconhecimento
Queremos aproveitar esta oportunidade para expressar reconhecimento e gratidão às mulheres, em geral. Ao da história, elas tiveram que lutar contra a desigualdade de gênero, o sexismo e a discriminação para alcançar a igualdade de oportunidades e de direitos.
É importante reconhecer e valorizar o trabalho e a contribuição das mulheres, bem como apoiar e promover a igualdade de gênero em todas as áreas.
Obrigado, mulheres, por sua força, resiliência, criatividade e liderança inspiradoras!